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Elementos para uma geopolítica brasileira para o século XXI


Figura disponível em: https://iela.ufsc.br/sites/default/files/america-latina.png

Prezados leitores, essa é a quadragésima postagem, e com isso creio que tivemos uma noção do que vem acontecendo no mundo, no nosso entorno estratégico e o que afeta o nosso país. Com isso, discutimos e analisamos o que achamos que deva ser feito.

Dessa forma, temos elementos para analisarmos e propormos uma sugestão de geopolítica para o Brasil ser um protagonista no cenário internacional, pois acreditamos que devemos contribuir para que o nosso país seja grande e influente no mundo, e nesse sentido deixar de ser o país do futuro para se tornar verdadeiramente o país que se espera.

Do que viemos estudando, podemos ver que está ocorrendo uma disputa mundial geopolítica muito grande principalmente entre EUA, China e Rússia, não havendo uma nação que por si só consiga manter o mundo em equilíbrio, ou seja, estamos vivendo no mundo G-Zero. Além disso, as disputas geopolíticas chegaram a nossa área de influência, onde a cada dia estamos perdendo o protagonismo. E o Brasil por suas dimensões e potencial não pode ser uma nação pequena geopoliticamente.

O nosso país olha muito para dentro (que é importante), mas precisa olhar mais para fora, e assim exercer a sua liderança regional.

Sendo assim, utilizando a metodologia da matriz SWOT, apresentaremos de forma rápida e reduzida, o que achamos que deve ser feito para sermos grandes e respeitados no mundo:

Pontos Fortes:

1.Agronegócio;

2.Grande potencial de energia renovável;

3.Recursos naturais;

4.Pré-sal;

5.Vitalidade da nação brasileira; e

6.Boas relações internacionais.

Pontos Fracos:

1.Corrupção;

2.Economia baseada em Commodities (déficit tecnológico);

3. Instabilidade política;

4. Atual política externa vacilante; e

5. Desigualdade social.

Oportunidades:

1.Fortalecimento do comércio com a China;

2.Consolidar a influência na América do Sul e África Ocidental;

3.Estreitar aliança com os EUA;

4. Aproximação comercial do mercado indiano;

5. Fortalecimento da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS); e

6. Fortalecimento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Ameaças:

1.Influência chinesa no entorno estratégico;

2.Influência russa no entorno estratégico

3.Interesse francês na área amazônica;

4.Militarização do Atlântico Sul; e

5. Instabilidade política dos países vizinhos.

A partir dessa análise da matriz SWOT, podemos traçar as seguintes sugestões de elementos para uma geopolítica brasileira para o século XXI.

Figura disponível em: https://blog.runrun.it/wp-content/uploads/2019/11/matriz-swot.png

a) Fortalecer o MERCOSUL, visando aumentar a estabilidade regional (ZLC) – segurança econômica e política;

b) Realizar acordos econômicos bilaterais – pragmatismo – segurança econômica;

c) Tratar de forma estratégica a questão do emprego das energias renováveis, visando tornar-se potência energética e ambiental do século XXI – segurança energética;

d) Política desenvolvimentista de longo prazo por meio do emprego da tríplice hélice e incentivo à indústria – segurança tecnológica;

e) Estado “menor”, visando mitigar os problemas de corrupção – segurança econômica e política;

f) Tornar-se parceiro estratégico para os EUA, visando evitar a militarização do Atlântico Sul – segurança militar;

g) Fortalecimento da ZOPACAS e da CPLP – segurança militar;

h) Priorizar emprego de tropas terrestres em missões de paz na área do entorno estratégico – segurança política e militar; e

i) Continuar fortalecendo o agronegócio e utilizando como forma de projetar influência mundial, principalmente nas crises mundiais, como a atual (pandemia do coronavírus).

Porém, isso deverá ser feito em etapas por meio de políticas de Estado (linha mestra, apesar das trocas dos governos) onde nos consolidaríamos como uma potência regional reconhecida internacionalmente (nossa área de influência), preparando as bases para sermos um centro de poder em 40 anos. Acreditamos que esse seria o tempo mínimo para podermos incutir na nossa sociedade uma mentalidade de Brasil Grande, além de provermos um sistema educacional eficiente às novas gerações para que quando estiverem em posições de decisão (40 anos depois) possam levar o país ao destino que nos cabe no mundo.

A pergunta que devemos nos fazer é: Queremos ser uma potência mundial? Queremos ser grandes geopoliticamente?

Essa postagem não encerra o assunto, mas tem a intenção de fomentar a vontade pelo estudo desse assunto. Continuaremos a colocar novos temas para esse debate, bem como aprofundaremos alguns assuntos citados nessa breve análise.

Seguem alguns vídeos para ajudar na análise do tema:




Qual a sua opinião? O que devemos fazer? Concorda com a nossa análise?


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