Um dos objetivos do Irã, após a revolução ocorrida em 1979 que derrubou o Xá Reza Pahlavi, e que deu origem ao regime iraniano sob o comando do aiatolá Khomeini, é expandir a influência xiita no Oriente Médio.
Neste sentido, esse foi um dos motivos da "guerra fria"entre Arábia Saudita e Irã, e que já foi comentado em postagem anterior, bem como um dos grandes receios de Israel em relação Irã.
E para atingir tal objetivo, os iranianos se aproveitam de milícias xiitas, apoiando com suporte logístico, armamentos e treinamento, além de tentar fazer alianças com os governos que possuem ligação com o segmento xiita, como a Síria.
Neste cenário, a deposição do Saddam Hussein do governo iraquiano (2003), o combate ao Estado Islâmico, e a guerra no Iêmen, foram fatores que permitiram que o atingimento do objetivo ficasse mais palpável.
É digno de nota que, caso o Irã consiga estabelecer bases militares na Síria poderá ameaçar os navios dos EUA operando no mediterrâneo próximos ao Oriente Médio, por meio de ataques de mísseis.
Nas figuras abaixo podemos ver como a influência iraniana tem aumentado, o que poderá ser incrementada com a saída dos EUA do Afeganistão.
Uma figura iraniana relevante para que isso acontecesse, e que foi assassinado pelos EUA em 2020, foi o General Qasem Soleimani que era o Chefe da Força Quds — unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, que administra operações clandestinas no exterior. Com a sua morte, veremos como será a atuação do novo líder.
Seguem alguns vídeos sobre o tema (legendas podem ser inseridas):
O que você acha sobre isso? Caso o Brasil continuasse a aprofundar as suas relações com o Irã, poderia ter havido algum impacto em nossa relação com o mundo? A nossa participação na UNIFIL poderia ter sido comprometida?