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Seção Inteligência. Os britânicos: tradição e eficiência, e os desafios sino-russo.


Os serviços de inteligência britânicos possuem muita tradição e demonstraram extrema eficiência e eficácia durante os períodos da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria, mas alguns desses serviços datam de antes do início da Primeira Guerra Mundial, tendo com isso mais de 100 anos de existência.

Além de serem bastante tradicionais, são considerados como um dos melhores do cenário internacional, em que muito se deve a experiência acumulada nos mais de um século de operação, servindo como referência para vários serviços de inteligência internacionais.

Principais agências de inteligência britânicas:

  • Defence Intelligence (DI): é responsável pela inteligência militar e trabalha em cooperação com as outras agências de inteligência britânicas. Sua força de trabalho é composta por cerca de 4.500 pessoas entre civis e militares, e é subordinado ao Ministro da Defesa britânico. Até 2009 era conhecida como Defence Intelligence Staff (DIS).

  • Security Service (MI5): é responsável pela inteligência e segurança internas, como o terrorismo, espionagem e sabotagem em solo britânico, visando preservar a segurança nacional do Reino Unido, com isso trabalha em cooperação com as forças de segurança internas (polícia etc). Sua força de trabalho é de cerca de 4.400 pessoas. É subordinado ao Ministério do Interior ou Home Secretary;

  • Secret Intelligence Service - SIS (MI6): é responsável pela inteligência no campo externo. Possui agentes trabalhando ao redor do mundo, tendo como principais tarefas: evitar o terrorismo (contraterrorismo), desmantelar possíveis atividades de países hostis contra o Reino Unido (RU) e obter vantagem cibernética. Trabalha em cooperação com as Forças Armadas britânicas, o MI5, o GCHQ, e outras agências de inteligências internacionais. Em algumas de suas operações recebe apoio das forças especiais, dentre elas o Special Air Service - SAS. É subordinado ao Ministério do Exterior Britânico ou Foreign Secretary.

  • Government Communications Headquarters (GCHQ): é responsável pelo campo cibernético, bem como interceptar, monitorar e analisar qualquer comunicação que possa ser uma ameaça a manutenção do sigilo das informações sigilosas governamentais e ao Estado Britânico, sendo assim é responsável pela Signals Intelligence (SIGINT). É subordinado ao Ministério do Exterior Britânico ou Foreign Secretary;

  • Joint Intelligence Committee (JIC): é responsável por aconselhar os ministros no tocante as prioridades de inteligência auxiliando na formulação de políticas para a área, bem como analisar as informações produzidas pelas DI, MI5, MI6 e GCHQ. É subordinado a Casa Civil britânica ou Secretay for the Cabinet.

Nos últimos anos tem-se observado que os chineses têm atuado nas universidades britânicas com o intuito de recrutar pessoal para conseguir conhecimentos e propriedade intelectual. Além disso, algumas fontes têm revelado que os russos tentam interferir em assuntos relevantes para a União Europeia e para o Reino Unido, notadamente por meio de "hackers" da agência GRU. Outro dado relevante mostra que, desde 2017, os serviços de inteligência britânicos conseguiram impedir cerca de 27 atentados terroristas em seu território.

O Reino Unido em seu documento intitulado "Intelligence and Security Committee of Parliament - Russia" emitido em 21 de julho de 2020, onde foi apresentado ao Parlamento britânico, e pode ser acessado no Blog em: https://de9abb8c-83aa-4859-a249-87cfa41264df.usrfiles.com/ugd/de9abb_097ab54c07104eafb15744e6fcff4e68.pdf , aborda a inteligência russa e os seus interesses nos britânicos, e sugere como o RU deve enfrentar essa questão.

As grandes preocupações dos serviços de inteligência britânicos estão concentradas, atualmente, em prevenir atentados terroristas em virtude do grande número de jihadistas na Europa, ações das agências de inteligências russas e chinesas, inclusive no campo cibernético, além de infiltrações de agentes russos em solo britânico onde ocorreram assassinatos de dissidentes russos, provavelmente por elementos da agência russa GRU, conforme o Blog analisou em seus artigos: "A eliminação dos dissidentes russos e os impactos geopolíticos para a Rússia" e "Seção Inteligência: Inteligência russa parte II - agressividade e eficiência global", acessíveis respectivamente em: https://www.atitoxavier.com/post/a-eliminação-dos-dissidentes-russos-e-os-impactos-geopolíticos-para-a-rússia e https://www.atitoxavier.com/post/seção-inteligência-inteligência-russa-parte-ii-agressividade-e-eficiência-global . Ademais, acompanham com grande atenção o programa nuclear iraniano.

O Blog é de opinião que os serviços de inteligência britânicos ainda são um dos melhores do mundo, e que devem estar acompanhando os nossos programas estratégicos do âmbito do Ministério da Defesa, como o Programa Nuclear da Marinha.

Qual a sua opinião sobre o assunto? Você acha que existem agentes do MI6 no Brasil?

Seguem alguns vídeos para auxiliar em nossas análises:

Matéria de 17/10/2017:

Matéria de 21/07/2020:

Matéria de 05/06/2018:

Matéria de 12/01/2020:

Matéria de 11/03/2020:

Matéria de 31/10/2019:

Matéria de 14/01/2019:

Matéria de 23/08/2020:

Matéria de 18/10/2017:

Matéria de 03/10/2016:

Matéria de 05/10/2015:




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